terça-feira, 3 de dezembro de 2013

DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

3 DE DEZEMBRO

Este ano, a DSF associa-se à Associação dos Cegos e Amblíopes de Moçambique (ACAMO), Delegação-Gaza para as comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

A semana e o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência contame ste ano com o seguinte programa:
Nr
Hora
Data
Actividade
Local
Participantes
Responsavel
1
14h
26.11.13
- Lançamento da semana da pcd
-Debate na TVM: integração da pcd na sociedade
Marian Ngoabi
Governo, Pessoas com deficiencia e comunidade em geral
FAMOD/ACAMO
2
09-15h
27.11.13
- Campanhas de advocacia

Direção Provincial dos transportes:
Astro gaza, Direção Provincial da Saude, Direção Provincial das Obras publicas,  2 comuniddes: centro dos bairros Coca-missava e Patrice Lumumba
Direcções provinciais, Pessoas com deficiencia e comunidade
ACAMO e outras associações
3
09-14h
28.11.13
- Realizar um debate na RX:Integração da pcd na sociedade
- Visita a RM
- Audiência com sua Excia Governador: Desafios do FAMOD na implementação da convensão internacional sobre os direitos da pcd.
FAMOD, Governo e Ong’s afins


Pcd

Pcd e Governo
RX

RM

Gabinete de sua Excia Governador
FAMOD/ACAMO
4
08h30-12h30
29.11.13
- Realizar um Workshop
Tema1: deficiencia como um assunto transversal
Tema2: Comunicaçao e acessibilidade.Avanços e desafios.
Governo
FAMOD
Gestores de escolas
Professores
Encarregados
ONG’s afins
Lideres  religiosos

Cidade de Xai - Xai
FAMOD/Parceiros
5

01.12.13
Participar nas actividades do dia mundial de Luta contra o SIDA



FAMOD/ACAMO
6
9h
02.12.13
Encontro de concertação
Governo e FAMOD
Cidade de xai-xai
FAMOD/ACAMO
7
8h
03.12.13
Realização das cerimónias centrais
Governo/FAMOD
Distrito de Xai- xai, localidade Fidel Castro
DPMAS/FAMOD e ACAMO

Exultamos a participação de todos, por uma sociedade mais justa e inclusiva.

Carla Ladeira

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Paralisia Cerebral

"A Paralisia Cerebral (PC) refere-se a um grupo de desordens no desenvolvimento do controlo motor e da postura, como resultado de uma lesão não progressiva aquando do desenvolvimento do sistema nervoso central.

A lesão pode ocorrer no nascimento, anteriormente ou no período que se segue. Não agrava, não progride, mas causa limites na actividade.
A PC afecta aproximadamente 2 em cada 1000 indivíduos. É o problema de desenvolvimento mais comum nas crianças. A incapacidade mais visível é a motora que torna a mobilidade difícil. Frequentemente, as crianças têm problemas de marcha e/ou em usar adequadamente os braços e as mãos.
Muitas crianças com PC têm, também, outras alterações que resultam de lesão cerebral, as quais incluem, por exemplo, problemas de cognição, comunicação, percepção, atenção, concentração e/ou epilepsia.

_________________________________________________________________________

Perguntas Frequentes:

O que é a Paralisia Cerebral?
A criança com Paralisia Cerebral tem uma perturbação do controlo da postura e movimento, em consequência de uma lesão ou anomalia cerebral que afecta o cérebro em período de desenvolvimento.
Algumas crianças têm perturbações ligeiras, quase imperceptiveis, que as tornam desajeitadas a andar, falar ou usar as mãos.
Outras são gravemente afectadas com incapacidade motora grave, impossibilidade de andar e falar, sendo dependentes nas actividades de vida diária.
Entre estes dois extremos existem os casos mais variados.
De acordo com a localização das lesões e áreas do cérebro afectadas, as manifestações podem ser diferentes.
Os tipos mais comuns são:

Espástico – Caracterizado por paralisia e aumento de tonicidade dos músculos resultante de lesões no córtex ou nas vias daí provenientes. Pode haver um lado do corpo afectado (hemiparésia), os quatro membros afectados (tetraparésia) ou os membros inferiores (diplegia).

Disquinésia – (Atetose/Coreoatetose ou Distonia) – Caracterizada por movimentos involuntários e variações na tonacidade muscular resultantes de lesões dos núcleos situados no interior dos hemisférios cerebrais (Sistema Extra-Piramidal).

Ataxia- Caracterizada por diminuição da tonicidade muscular, incoordenação dos movimentos e equilíbrio deficiente, devidos a lesão ou anomalia no cerebelo ou das vias cerebelosas.

A criança com Paralisia Cerebral pode ter inteligência normal ou até acima do normal, mas também pode ter atraso intelectual, não só devido às lesões cerebrais, mas também pela falta de experiência resultante das suas deficiências. Os esgares da face e deficiência na fala, devidos ao descontrolo dos movimentos, podem fazer aparentar um atraso mental que na realidade não existe.
Além da perturbação motora há também, muitas vezes, défices sensoriais, deficiência visuais e auditivos, dificuldades percetivas, deficiência na fala e epilepsia, o que torna o quadro mais complexo.

Quais as causas da Paralisia Cerebral?
Como o seu filho, outras crianças podem nascer com Paralisia Cerebral. Em cada 1000 bebés que nascem, 2 podem ser afectados por Paralisia Cerebral.
A Paralisia Cerebral não é, geralmente, devida a qualquer deficiência nos pais ou doença hereditária. Pode ser causada por hemorragias, deficiência na circulação cerebral ou falta de oxigénio no cérebro, traumatismo, infecções, nascimento prematuro ou icterícia grave neonatal.
Não se sabe exactamente, num grande número de casos, como e porquê foi afectada, mas sabe-se que houve uma lesão ou anomalia geralmente antes do nascimento, na altura do parto, ou após este, que é responsável pela deficiência."

(in «A CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL», Guia para os Pais e Profissionais de Saúde e Educação. Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral)


Por: Carla Ladeira

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Jornalistas de Palmo e Meio aprendem a lidar com Crianças com Deficiência

A DSF, na pessoa da gestora e especialista sénior na área da educação inclusiva e deficiência, Carla Ladeira, participou no dia 1 de Novembro nesta excelente formação.

Encontrem de seguida o artigo noticioso, publicado pelo ROSC:
DilsonO objectivo da formação era bastante claro: ajudar a transformar os programas infantis em programas inclusivos que ultrapassam barreiras e evidenciam a vida humana tal
como ela é. A formação que teve a duração de cinco dias foi o suficiente para os cerca de 30 pequenos locutores e apresentadores de programas infantis da Radio Moçambique e da Televisão de Moçambique em Maputo despertarem sobre a necessidade de se fazer programas infantis “de todos para todos”.
Dilson dos Santos (13 anos) frequenta a 8ª classe e apresenta um programa infantil na Radio Moçambique, emissor provincial de Maputo reconhece a mais-valia da formação para ele como locutor e como pessoa.
“Quando eu entrei nesta formação não sabia nada sobre pessoas com deficiência. Era uma pessoa que sem saber, no dia-a-dia usava rotulações e chamava nomes. Mas aprendi muito sobre rotulações, preconceitos, mitos e tabus que muitas vezes contribuem para que as pessoas com deficiências sejam descriminadas. Com esta formação eu já tenho mais conhecimentos e nos programas que faço vou procurar tornar mais inclusivos. Vou procurar incluir temas sobre a deficiência, convidar crianças com deficiência a participarem e vou também sensibilizar outras crianças que ouvem meus programas sobre a importância de não descriminar as outras crianças em função de alguma diferença”.
Uma diferença que afinal torna o mundo muito mais igual do que parece, e que lidar com ela precisa apenas que mais crianças e adultos virem as costas a ignorância e passem a prestar mais atenção no que somos iguais.
Por sua vez, Rosa Marlene (16 anos) que frequenta a 11ª classe considera ter sido esta uma experiencia única que contribuiu para algumas descobertas que vão trazer mudançasRosa para construção de uma sociedade que afinal deve ser “de todos para todos”.
“Todos nos como comunicadores saímos desta formação com uma visão diferente sobre a pessoa com deficiência. Descobrimos que os nossos programas que falam especialmente da criança não eram inclusivos e não tinham em conta os direitos das crianças com deficiência. O nosso principal objectivo é ajudar a perceber que a pessoa com deficiência também faz parte da nossa sociedade e tal como nos tem direito de brincar, aprender, a ter amigos, a ir a escola e a intervir em qualquer área ate nos trabalhos de casa a criança com deficiência também deve ser incluída”.
Na verdade a questão de estigma, mitos e preconceitos em relação a criança com deficiência posicionam-se como um dos principais factores que representam barreiras para a participação da criança.
RuiApesar de Moçambique ser um dos signatários da convecção internacional dos direitos da criança com deficiência torna-se necessário envolvimento de todos os sectores para que a materialização destes direitos sejam uma realidade. Um realidade que para Rui Maquene, especialistas para a área da deficiência depende do tipo e nível de informação que as pessoas tem sobre o assunto.
“Todas as organizações da sociedade civil, todo o sector privado, todas as instituições do estado e todos aqueles homens de boa vontade são chamados a participar na promoção dos direitos da criança com deficiência. Porem ninguém vai promover algo que não sabe o que é. Esta formação foi um ponto de partida para educar, sensibilizar e aconselhar os meninos sobre a forma positiva de como vivermos com a criança com deficiência e como podemos ser exemplo de uma sociedade que esta preocupada com o princípio de igualdade de oportunidade para todos”.
Durante a formação que decorreu com apoio do ROSC, UNICEF e FORCOM, os pequenos comunicadores produziram um plano de acção que vai servir de base para alargar as antenas ao alcance de outras crianças que também tem direitos do que é “de todos para todos”.

Retirado de:

http://www.rosc.org.mz/index.php/noticias/item/177-jornalistas-de-palmo-e-meio-aprendem-a-lidar-com-crian%C3%A7as-com-defici%C3%AAncia.  consultado a 5 de Novembro de 2013

Carla Ladeira

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O que é a apraxia?

Fonte: http://www.slideshare.net/Psicomotricidade/agnosiaapraxiaafasiadislexia-e-epilepsia-9650177


Apraxia significa perda da capacidade de realizar movimentos motores anteriormente aprendidos, em resultado da existência de disfunções nos hemisférios cerebrais.
Existem vários tipos de apraxia que podem ser classificados de acordo com as suas características.

O vídeo que se segue apresenta uma Terapeuta da Fala que explica em pormenor estas características:



por Carla Ladeira

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Reconhecer Sinais de Autismo

As Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) caracterízam-se, entre outras características por:

- alterações ao nível da comunicação;

- alterações ao nível da socialização
e
- ao nível do comportamento.

As pessoas com PEA processam a informação no seu cérebro de forma diferente das outras pessoas.
A designação “Perturbações do espectro” significa que existe uma grande variabilidade na forma como as PEA afectam cada pessoa, podendo variar entre o grau ligeiro e o grau severo.
Assista ao seguinte vídeo que aborda, de forma criativa, os principais sinais de alerta



por Carla Ladeira

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Histórias positivas


A DSF parabeniza todos os envolvidos neste fantástico trabalho, em particular as famílias que mostraram exemplos de vida inspiradores para todos.
Foi um orgulho participar neste grupo técnico. 
A mudança começa em cada um de nós!!!

http://www.youtube.com/watch?v=KbxJmGx8S5c

carla ladeira

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Nas zonas recônditas do país: Famílias escondem crianças com deficiência

"Se ser criança em Moçambique já é difícil, mais complicado é quando se trata de uma criança com deficiência, principalmente nas zonas onde o acesso à informação e outros serviços básicos ainda é deficitário.

Não obstante algum esforço tendendo a promover a integração e melhores condições de vida da pessoa com deficiência, especialmente da criança com necessidades especiais, este grupo social continua a sofrer in¬úmeras privações.
A exclusão social, os maus tratos e a negligência muitas vezes perpetrados pela própria família, bem como as limitações no acesso aos direitos fundamentais, fazem parte das barreiras que continuam a minar o desenvolvimento seguro e que exigem acções mais enérgicas por parte do Governo, Organizações da Sociedade Civil e principalmente, das famílias.
Organizações da Sociedade Civil que trabalham na área da deficiência, avançam que o cenário ¬é menos assustador nas áreas urbanas onde as pessoas têm maior acesso à informação e serviços sociais como Educação e Saúde, contrariamente ao que acontece nas zonas rurais, onde estes serviços ainda não se fazem sentir.
“É certo que está sendo realizado algum progresso, mas penso que para além de olharmos para crianças que já identificamos e que beneficiam de apoio, devemos também virar as atenções para as crianças com necessidades especiais que chegam a ser escondidas do “mundo” o que apaga a esperança destas levarem uma vida minimamente condigna” – Albino Francisco, coordenador do ROSC.
Devido à razões culturais e crenças, aliadas ao fraco acesso à educação e informação, nas zonas rurais, muitas crianças com necessidades especiais chegam a ser consideradas fruto de maldição ou feitiçaria, o que leva os pais a esconderem-nas ou a mantê-las longe das outras, situação que na ¬óptica do representante do ROSC deve constituir um desafio a ser ultrapassado, exigindo deste modo uma intervenção clara e objectiva dos diversos intervenientes.IMG00775-20130212-1139
Por sua vez, Abel Machavate, representante do F¬órum da Associação Moçambicana dos Deficientes (FAMOD), advoga a necessidade de se intensificar as acções de educação cívica direccionadas à sensibilização das famílias para que percebam que mesmo com deficiência, a criança deve ser tratada com carinho e consideração, pois tem os mesmos direitos que as outras.
“ Muitas crianças ainda são escondidas da sociedade devido à deficiência. As famílias devem saber que a criança deficiente ¬e igual às outras”.
Estas preocupações foram apresentadas recentemente em Maputo, na sequência de um encontro preparativo de uma campanha contra a discriminação da criança com necessidades especiais, que esta sendo liderada pelo Fundo das Nações Unidas para o Apoio à Infância (UNICEF) e que conta com a parceria do ROSC.
Dados do Inquérito de Indicadores Múltiplos (MICS) divulgados em 2008 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam que cerca de 14% destas crianças com idades compreendidas entre dois e nove anos de idade tem algum tipo de deficiência.
O Comité de Peritos da Nações Unidas para os Direitos da Criança, na apreciação que fizeram ao Relatório do Governo sobre a implementação da Convenção dos Direitos da Criança em Moçambique, recomendou ao Governo no sentido de implementar programas de consciencialização que sensibilizem o público quanto aos direitos e necessidades especiais das crianças com deficiência e a incentivar a inclusão destas na sociedade."


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Dia Mundial da Literacia, 8 de Setembro

Assinalou-se ontem, dia 8 de Setembro, o Dia Mundial da Literacia. 
Segundo definição da UNESCO, literacia é a capacidade para identificar, compreender, interpretar, criar, comunicar e usar as novas tecnologias, de acordo com os diversos contextos.
A literacia tem um impacto no aumento dos rendimentos das famílias, através da educação e alfabetização dos seus membros que desenvolvem ferramentas para alcançarem melhores oportunidades no mercado de trabalho e fazerem escolhas mais informadas nas suas vidas, nomeadamente ao nível da saúde, higiene, economia familiar, entre outras.
Em Moçambique, segundo aponta um estudo do projecto Felitamo, há cada vez mais actores a criarem condições para o desenvolvimento da literacia e alfabetização, apesar de existirem no país poucos dados sobre o ambiente da literacia.

Consulta em 9/9/13

Escolas de ensino especial: os avanços ainda não satisfazem as necessidades


DSC 1513"No decurso da IV sessão ordinária do Parlamento Infantil que este ano decorreu sob o lema “quero ser uma criança enquanto criança: o respeito dos meus direitos e o
cumprimento dos deveres tornará Moçambique melhor”, os pequenos deputados aproveitaram o momento de interação com o Governo para de entre varias questões, apelar para a necessidade da expansão das escolas especiais.
Para os petizes, a rede das escolas de ensino especial existente ainda não satisfaz as necessidades das crianças que precisam destes serviços como forma de aceder o direito a educação em todo o país.
Respondendo a preocupação dos deputados de palmo e meio, o Ministro da Educação, Augusto Jone, optou por apontar limitações de recursos humanos existentes e DSC01768enfatizar os avanços registados pelo sector na promoção desta modalidade de ensino contabilizando algumas escolas já existentes.
“Esta modalidade de ensino para pessoas com necessidades educativas especiais é nova em Moçambique, dai que a sua expansão também obedece aos recursos humanos existentes. Depois da independência o país tinha poucas escolas de educação especial”. Prosseguindo, Jone foi apontando cada uma das escolas existentes em Maputo, Gaza, Tete, Nampula, Beira e Quelimane, sendo que algumas atendem a pessoas com deficiência auditiva, outras visuais, mental e outras ainda que atendem a deficiências múltiplas.
Apesar destes avanços e fazendo jus as questões que tem sido apresentadas insistentemente pela Sociedade Civil, o investimento para as crianças com deficiência continua muito longe do desejável.
Em termos estatísticos, dados do Inquérito de Indicadores Múltiplos (MICS) divulgados em 2008 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam que cerca de 14% destas crianças com idades compreendidas entre dois e nove anos de idade tem algum tipo de deficiência e 50.8% das crianças com deficiência com idades compreendidas entre 15 e 19 anos são analfabetas. Existem no país cerca de 7 mil crianças com deficiência auditiva mas apenas existem 3 escolas públicas especializadas em língua de sinais abrangendo um pouco mais de 10% destas crianças.
Dados que requerem uma intervenção urgente acompanhada de acções politicas concretas e eficazes, que incluem questões arquitectónicas e urbanísticas, sociais e económicas que privam as crianças com deficiência do uso pleno dos seus direitos, tanto em termos de cuidados sanitários apropriados assim como de educação e convivência na sociedade. Estes dados requerem ainda a implementação de acções efectivas de tratamento, protecção e inclusão dos direitos das crianças com deficiência para que possamos ter uma sociedade onde todos os cidadãos têm o direito de participar na construção social, politica e económica do País.
Aliás, o Comité de Peritos da Nações Unidas para os Direitos da Criança, na apreciação que fez ao Relatório do Governo sobre a implementação da Convenção dos Direitos da Criança em Moçambique, recomendou ao Governo de Moçambique no sentido de implementar programas de consciencialização que sensibilizem o público quanto aos direitos e necessidades especiais das crianças com deficiência e a incentivar a inclusão destas na sociedade.
Por isso mesmo, fortes razões existem para que o Governo através dos seus sectores responsáveis, continue a direcionar recursos humanos, financeiros e materiais adequados para que os direitos da criança com deficiência saiam do sonho e se tornem uma realidade para todas estas crianças."

TV para Surdos



"A deficiência auditiva não é afinal uma barreira para limitar o direito de acesso a informação e de participação na vida do país e do gozo de outros direitos humanos fundamentais. Basta que haja vontade e compromisso de se fazer um pouco mais para que todos através de uma televisão possam entrar na pequena tela e ajudar o planeta terra a dar as voltas.

Na essência esta é a razão que levou a televisão sul africana SABC a abrir as suas antenas para um programa feito por Pessoas com Deficiência Auditiva (repórter, operador de câmara e produtor) para Pessoas com Deficiência Auditiva.

O programa denominado “Deaf TV” ou em português TV para Surdos que vai ao ar todas as segundas desde 1996 no canal SABC 3 e com repetição nos sábados tornou-se o pioneiro em programas de televisão para surdos, servindo como exemplo na Europa e Grã-Bretanha.

Uma experiencia que foi recentemente partilhada em Maputo onde as tentativas de inclusão de Pessoas com Deficiência Auditiva no acesso a informação ainda esta longe de alcançar sucessos.
A Associação Moçambicana para o Desenvolvimento da Família (AMODEFA), mentora da iniciativa já tem um memorando com a Televisão de Moçambique (TVM) no sentido de ampliar as oportunidades de acesso a informação as Pessoas com Deficiência Auditiva no sentido de alargar a janela de oportunidades recreativas, de acesso a saúde, educação e trabalho para esta comunidade.

Enquanto em Moçambique a iniciativa vai ganhando formas, fica a demonstração de que afinal a deficiência não é e nunca foi o fim para que crianças, jovens e velhos ficassem excluídos no acesso a informação pois a iniciativa e o gesto dos sul africanos mostra que basta a vontade de fazer para que o mundo seja cada vez melhor e mais acessível para todos."

a 9/9/13

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Plano Nacional de Acção para a Criança (PNAC II)




                                 



O Plano Nacional de Acção para a Criança (PNAC) foi lançado oficialmente ontem, dia 29 de Maio de 2013, pelo Ministério da Mulher e Acção Social. 
Aprovado pelo Conselho de Ministros em Dezembro de 2012, o PNACII baseia-se no princípio fundamental de “A Criança em Primeiro Lugar” e está centrado em quatro áreas prioritárias de atenção à criança, nomeadamente a Sobrevivência; o Desenvolvimento, a Protecção; e a Participação da Criança.
Este é um plano de referência que coloca as crianças diretamente no centro de todo o desenvolvimento, com foco na sobrevivência e desenvolvimento infantil, proteção e participação da criança.
Incluí 13 compromissos, como o aumento do registro de nascimento para 60% até 2015, redução da mortalidade infantil para 50 por mil nados vivos em 2020, e muitos mais, que, se implementado significa uma melhoria real nas vidas de crianças em Moçambique. 

Texto: Carla Ladeira

segunda-feira, 20 de maio de 2013

LANÇAMENTO DA SEMANA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO CREI

Decorreu hoje o lançamento oficial da Semana da Educação Inclusiva em Moçambique, neste ano que comemora o 15 Aniversário da Educação Inclusiva em Moçambique.

Foi com muita emoção e satisfação que assumimos (DSF/CREI/JUJU) esta missão em parceria com o Departamento de Educação Especial do MINED.
Mais de mil crianças assistiram à apresentação do Conto “A formiga Juju e o Sapo Karibu”, pela autora do conto, Cristiana Pereira e pelo ilustrador, Valter Zand.
Este conto inspirou-se nas crianças do CREI quando, há precisamente 1 ano, decorreu o primeiro encontro do CREI com a Juju e a sua equipa criativa.
Quem diria que seria o primeiro de muitos sorrisos partilhados e pelo caminho a magia acontece!!! Plantamos uma Pupa (papaeira) e nasceu uma criança, baptizada de Pupa!!!
Não há palavras que descrevam o alcance destas emoções e o quanto estes momentos dão sentido ao nosso trabalho, mas
Porque, no fundo,  é de afecto que falamos!!!

Cristiana Pereira apresentando o Karibu em Língua de Sinais

Apresentação do conto para uma atenta plateia.

Cristiana conhece a bebé Pupa. É com grande emoção que oferece o Livro da Juju e Karibu à Pupa!


A papaeira Pupa, plantada no ano passado!

Cristiana Pereira e Valter Zand com algumas das fantásticas crianças do CREI.



A cerimónia de lançamento da Semana da Educação Inclusiva em Moçambique contou com a presença de digníssimos convidados, como a Exma. Sra. Directora Provincial Adjunta da Educação e Cultura de Gaza, a Exma. Sra. Administradora do Distrito do Bilene e sua Excia. o Vice Ministro da Educação de Moçambique.

Excia. Vice Ministro da Educação

O trabalho com o CREI tem proporcionado aprendizagens enriquecedoras, ao nível profissional e pessoal.
Pessoas fantásticas que se superam todos os dias!
É o exemplo do Professor Nehemias que fez a tradução do Conto Infantil "A formiga Juju e o sapo Karibu"para Língua de Sinais e do Professor Anacligêncio que acompanha e ensaiou o Grupo Cultural Inclusivo do CREI. É o caso dos Psicólogos Alcido Dengo e António Manhiça e do Terapeuta Ocupacional Camilo, que têm desenvolvido um trabalho excelente, ainda que com parcos recursos!

Professor Nehemias cumprimenta os criadores da Juju e do Karibu


Professor Anacligêncio e o Grupo Cultural Inclusivo do CREI

Belmiro Sousa, oficial do Projecto de Educação Inclusiva aprende Língua de Sinais


E porque não conseguiríamos ser sem estar, também, no meio das crianças, aqui ficam alguns momentos de ternura e carinho:



                                 
Cristiana Pereira e o Gesto de "formiga"em Língua de Sinais



A encantadora Cristina!!!!



                                 

Cristiana e Cristina: as 2 "C's !!



                                       
Carla Ladeira e Cristina nas costas da Cristiana!!



Um abraço do tamanho do Mundo!!!




                     
Texto e Imagem de Carla Ladeira
                                 





quinta-feira, 16 de maio de 2013

CREI-SUL ABRE SEMANA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA



          




                           




COMUNICADO
O Centro de Recursos para a Educação Inclusiva (CREI) da Região Sul, localizado na Macia (província de Gaza), acolhe segunda-feira, dia 20 de Maio, o lançamento das celebrações oficiais da Semana da Educação Inclusiva, que comemora este ano o 15º aniversário da Educação Inclusiva em Moçambique, com o lema: Eliminar barreiras para criar uma sociedade inclusiva para todos.

No dia 20 de Maio, as actividades desenvolvem-se no âmbito do Projecto A Escola é um lugar Especial!, implementado pelo CREI e DSF-Douleurs Sans Frontiéres, com financiamento da Comissão Europeia, em parceria com o movimento cívico Formiga Juju, que irá apresentar o conto infantil “A Formiga Juju e o Sapo Karibu”, a sua mais recente produção.

Promovida pelo Ministério da Educação, juntamente com os parceiros de cooperação, a Semana de Educação Inclusiva visa sensibilizar todos os moçambicanos para que adoptem, reflictam e executem programas sustentáveis de desenvolvimento educacional que possam assegurar o acesso, a frequência e permanência, com sucesso escolar, de todas as crianças, jovens e adultos com Necessidades Educativas Especiais, sem nenhum tipo de discriminação, em todos os níveis de ensino, como recomendam os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
O programa conta ainda com uma actuação do Grupo Cultural Inclusivo do CREI e a participação de mais de 80 crianças.

Agradecemos a divulgação.
Contactos

CREI - 828877999
DSF – dsfmoz.aps@gmail.com T. 845435860